segunda-feira, 14 de junho de 2010

O CASTIÇAL

O CASTIÇAL




O castiçal



O castiçal era uma peça de ouro puro,com sete pontas ou extremidades que serviam de lâmpadas.era feito para alumiar,sua significação era testemunho ou luz.na vida publica do crente,estas palavras são sinônimas, sereis minhas testemunhas (At 1,8).vos sois a luz do mundo...assim brilhe a vossa luz diante dos homens...(Mt 5.14-16 a).


A responsabilidade do crente aqui no mundo é viver de tal maneira que os descrentes conheçam o poder de Deus por meio de sua vida.testemunho e depoimento de quem presenciou algum fato,só tem autoridade para dar testemunho de Jesus quem experimentou o contato com Ele. Este contato consiste em percorrer todos os pontos,representados pelos objetos que faziam parte do tabernáculo:Altar de cobre, a converção, A pia, a separação do pecado ; A mesa, a comunhão com Deus e chegar ao castiçal para servir de testemunha do senhor.


Moisés, quando esteve no monte com Deus, ficou com o rosto resplandecente(Ex 34.29,30,35). E não sabia que a pele do seu rosto resplandecia.quem esta cheio de poder de Deus,é humilde, não vê a si mesmo.quem vê sua própria espiritualidade, esta errado.


Quando Elias disse; sou muito zeloso...fiquei só(1 Rs19,14).estava onde Deus não queria.o fariseu que orou a Deus assim: ...não sou como os demais homens...(Lc 18,11b),não foi aceito por Deus, não voltou justificado.


O crente unido ao castiçal recebe a luz perfeita, de sete bicos,é dominado pela humildade e seu testemunho tem poder para realiza grandes coisas.em Efesios 5,14 há uma promessa da luz de cristo, seguindo uma exortação dirigida ao crente ;desperta tu que dormes, e levanta dentre os mortos, e cristo te esclarecerá.


O castiçal é um tipo de cristo por que ele é ... a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo (Jo1,9).


Paulo no caminho de damasco, viu uma grande luz, mais forte que o sol. Era Jesus chamando o perseguidor para a conversao (At 26,13,15).


A condenação é esta:que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz,por que as suas obras eram más (Jo 3,19)... Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andara em trevas, mas terá a luz da vida( Jo 8,12b)


sexta-feira, 11 de junho de 2010

A MESA


A MESA

A MESA (ÊX 25,23-30)

O crente, entrando no santuário pelo sanguede Jesus cristo,é sacerdote de Deus .

E esta no meio do ambiente celestial . seu lugar é na mesa.para comer o pão sacerdotal.

É um privilegio concedido aos filhos de Deus ,sejamos vigilantes para que nada nos prive de participar com alegria desta benção.

A mesa tinha as mesmas dimensões da arca.nela estava sempre os Paes da propiciação.(Êx25,30) que eram 12(Lv24,6),segundo os números das tribos de israel.

O significado da mesa é a comunhão com Deus. Jesus é o pão da vida (Jo 6.35-48).

A palavra propiciação aqui tem o sentido da presença: os Paes estavam sempre diante do senhor.

Outro simbolismo da mesa com os Paes é a consagração. O dever do crente e viver continuamente diante de Deus, para consagrar tudo de sua vida, e de sua pessoa ao serviço do senhor.

Esta consagração resulta de um melhor entendimento do que do que Jesus cristo fez pelos pecadores e uma compreensão melhor da grandeza do amor de Deus.

Quem se alimenta de cristo e de sua palavra,melhora sua comunhão com Deus, e tem melhor progresso na consagração.

Aqueles paes eram destinados aos sacerdotes. nos todos agora somos sacerdotes (1 Pe 2,9: Ap5,10:20,6).por que o véu do templo se rasgou com a morte de cristo.

A mesa com os Paes também representam Jesus cristo. ele é o pão vivo que desce do céu, para todo aquele que dele comer não morra.(Jo 6,50).

Purificados pelo sangue de Jesus, temos comunhão uns com os outros e com o pai(1 Jo 1,3).e como pão da vida ele diz quem comer desse pão vivera para sempre.

quinta-feira, 20 de maio de 2010



PIA DE COBRE (ÊX 30,18-21:38,8)

Também é chamado bacia.servia de lavatório.Os sacerdotes

Tinham de lavar ali as mãos e os pés (ÊX 30,20.21).

Seu significado é santificação,depois de identificado com a

Morte de cristo para redenção,o pecador precisa ter contato com a pia para ser mais santo (AP 22,11),

...a graça de Deus se há manifestado trazendo salvação ensinando-nos que,renunciando a impiedade e as concupiscências mundanas ...(Tt,2.11,12b)

A graça de Deus fala de salvação e,esta renuncia de santificação.

A Pia continha água,único elemento capaz de matar a sede,e de lavar o sujo.

Qualquer liquido que acabe com a sede tem que ter 90% de água ou mais.

Para lavar um corpo grande, so a água resolve, outras substancias servem para tirar manchas,mas precisam da cooperação da água.

Deus promete derramar água limpa para limpar o pecador de suas imundícies (Ex36,2526).

A Pia é um tipo de Jesus cristo que disse:”...se eu não te lavar,não tens parte comigo”(Jô 13,8b).noutra ocasião;mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede”(Jô 4,14b).

Beber dessa água é aceitar a salvação.se alguém tem sede venha a mim, e beba.

Quem crê em mim ...rios de águas viva fluirão do seu ventre. E isto disse ele do espírito

Que haviam de receber...”(Jo 37-39).

A água purificadora da pia representa a palavra de Deus.na oração pelo seus discípulos,Jesus pediu;santifica-os na ve4rdade ;a tua palavra e a verdade”(Jo 17-17).

A o salmista diz ;como purificara o jovem o seu caminho?observando-o conforme

A tua palavra”(Sl 119-9).

A santificação vem pela confissão dos pecados a Jesus,se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo,para nos perdoar ...(1 Jo 1-9ª)A igreja de Jesus cristo é purificada, com a lavagem da água pela palavra(Ef 5-26b).

Não da resultado pedir santificação, ou planejar santidade sem confessar os pecados. e sem aplicar a palavra de Deus ao coração e a vida pratica. Amem!

Deus abençoe á todos .

terça-feira, 11 de maio de 2010

NÃO VENDA A SUA PRIMOGENITURA




Obs. Texto extaído do livro: Memórias Póstumas dos Protestantes

E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura. Hebreus 12:17

Ao se associar à história de Esaú com a história de inúmeros “líderes” evangélicos da atualidade, pode-se deduzir que, tais “líderes” tratam a “primogenitura” com o mesmo descaso com que Esaú tratou este direito no passado.

O relato de Gênesis mostra-nos que, por uma necessidade efêmera, Esaú trocou o direito à primogenitura por um guisado de lentilhas, demonstrando que, valorizava mais o momentâneo do que o vindouro e, apreciava mais o material do que o espiritual.

Esaú, talvez num ato impensado e precipitado, obteve a satisfação do que ele queria no momento, mas, infelizmente, perdeu aquilo que tanto almejou e tentou recuperar no futuro. Por um instante, ele obteve uma vantagem material temporã, mas jogou fora inúmeras vantagens materiais e espirituais vindouras.

Segundo a Bíblia, o direito de primogenitura, dava ao filho mais velho, o privilégio de herdar uma porção dobrada dos bens paternos, depois da morte destes; também dava o direito de exercer o sacerdócio sobre a família e, no caso de Esaú, por ser ele o primeiro neto de Abraão, a primogenitura ainda incluía o direito de ficar na genealogia direta do Messias. Mas, apesar de tantos direitos, a descrição de Gênesis 25:27-34, nos revela que Esaú não deu importância a estas coisas, e até ironizou: “... Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?”.

Esaú, após jurar tola e precipitadamente, trocou a sua primogenitura por um guisado de lentilhas. Certamente, naquele momento, ele se esqueceu de que, sendo o primogênito, bastava pedir para que alguém lhe preparasse algo para comer. Todavia, o mais triste, é o relato final que a bíblia deu a esse episódio: “... Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim, desprezou Esaú a sua primogenitura”.

Infelizmente, este triste fato ocorrido há aproximadamente 3800 anos atrás, pode ser facilmente notado nas denominações evangélicas de nossos dias. Entretanto, antes de se fazer tal contextualização, é importantíssimo se estabelecer (de um modo alegórico) um paralelo entre, o significado atual do “guisado de lentilhas” e de primogenitura.

Hoje, tal como no passado, “guisado de lentilhas” fala das nossas necessidades e vontades do presente e, primogenitura fala de heranças e benefícios oriundos do futuro.

No sermão da montanha, o próprio Jesus citou algumas necessidades que temos no presente: – comida, bebida e vestimenta. Ele sabia que, todo o ser humano, possui estas necessidades e preocupa-se com elas. Porém, Ele foi categórico ao afirmar que, não precisamos andar inquietos, dizendo: “... Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas”. (Mateus 6:31,32)

Em suma, Jesus estava dizendo que não precisamos nos precipitar em adquirir a solução imediata para as nossas necessidades do presente, ou seja, o nosso “guisado de lentilhas”, pois, Deus sabe que necessitamos dele para sobreviver, contudo, cabe a Ele e não a nós, prover tal “guisado”. E no mais, a exemplo de Esaú, não precisamos trocar a nossa herança por nada, pois, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8:17), portanto, basta pedir e nosso pedido será atendido (Mateus 7:7).

Quanto a nossa “primogenitura”, a bíblia nos diz que, se somos de Cristo, somos herdeiros e, como herdeiros, temos direitos a certas regalias, a saber: 1) porção dobrada de bens (cem vezes tanto e herdará a vida eterna – Mateus 19:29). 2) Somos da genealogia de Cristo, pois pela promessa somos descendentes de Abraão (então somos da descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa – Gálatas 3:29). Teremos supremacia sobre os demais (Eu lhe darei poder sobre as nações – Ap 2:26). Comeremos da árvore da vida (Ap 2:7). Não sofreremos o dano da segunda morte (Ap
2:11). Comeremos do maná escondido, e receberemos uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito (Ap 2:17). Vestiremos vestes brancas, e de maneira nenhuma teremos o nosso nome riscado do livro da vida; e nosso nome será confessado diante de Deus e diante dos seus anjos. (Ap 3:5). Assentaremos no trono (Ap 3:21), etc.

Como se pode notar, a benção da primogenitura é um direito de todo cristão, mas, lamentavelmente, muitos crentes e, principalmente líderes eclesiásticos da pós-modernidade, estão vendendo o seu direito à primogenitura e como nos diz o escritor aos hebreus, estão se tornando fornicadores e profanos.

Particularmente, conheço alguns líderes que estão trocando a sua primogenitura por uma carteirinha de Convenção ou por uma credencial de diácono, presbítero, evangelista ou pastor. Estão vendendo a herança de Deus por coisas fúteis e efêmeras. Pelo medo de perder suas credenciais, suas agendas, seus “ofícios” e principalmente seus salários de “pastores”, estão trocando até mesmo o caráter cristão por um “guisado de lentilhas”.

Há alguns anos atrás, a venda de primogenitura por parte de um pastor, causou sérios estragos ao rebanho de Cristo. Segundo contam, este “líder” por já ter certa idade avançada, sujeitou-se a coisas tão baixas, simplesmente para não fazer parte da lista dos “desempregados”.

Aqui cabe uma indagação: – Por que um pastor, que durante décadas ensinou para o seu rebanho que, o justo vive da fé e, que ele não fica desamparado e nem a sua descendência mendiga o pão; vendeu sua herança por um simples salário e um simples titulo de pastor regional?

Como pode, um homem que se diz cristão perder sua dignidade, ter seu caráter colocado em xeque e quase perder sua família; ficar na inércia e não procurar seus
direitos legais, simplesmente para não perder seus benefícios como pastor de uma “grande” denominação?

Á semelhança de Esaú, este e muitos outros líderes estão desprezando o direito de primogenitura, ou seja, estão trocando a herança por um simples “guisado de
lentilhas”, esquecendo-se das palavras de Cristo: “... trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou” (João 6:27).

Atualmente, existem inúmeros “líderes”, trocando a sua primogenitura por uma vida de promiscuidade e adultério e, infelizmente, tais pessoas estão convencendo centenas de pastores, presbíteros e dirigentes locais a também fazerem o mesmo, pois, a conivência também é pecado.

Quem troca a sua primogenitura por um “guisado de lentilhas” é tolo e não tem temor. (Salmos 111:10). Quem vende a sua herança está deixando de ser participante da mesa do Senhor para ser participante da mesa do demônio. (1 Co 10:21). Quem vende a sua primogenitura por um manjar, desconhece o Deus de Paulo que, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. (Fp 4:19) Quem troca a sua primogenitura, recuou e, aquele que recua, a alma de Deus já não tem prazer nele. (Hb 10:38) Quem vende a sua herança, assemelha-se ao filho pródigo, pois está trocando o útil pelo supérfluo, o eterno pelo momentâneo, as regalias pelas bolotas que os porcos comem.

Cristo, ao ensinar a oração do Pai-Nosso disse que, Deus sabe antes de pedirmos o que nos é necessário (Mateus 6:8).

Aquele que busca em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, jamais troca a sua herança por: credenciais, agendas, ofícios, cargos de diretoria, status, salários ou prebendas, pois sabe que, o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17).

Certa vez, um destes profanos, disse-me que, para conseguir chegar a pastor na sua denominação, eu teria que seguir o exemplo de Pedro que, no meio dos judeus era contra os gentios e, no meio dos gentios era contra os judeus, ou seja, no meio do povo, eu deveria ter uma postura e nos bastidores outra. O que aquele fornicador
não sabia era que, naquele momento, eu seria imitador de Paulo e não de Pedro. “... lhe resisti na cara, porque era repreensível”. (Gálatas 2:11) Como herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo, tenho que andar na luz como Cristo andou (1 Jo 2:6).

Para este e quaisquer outros lideres, quero deixar expresso a seguinte indignação: MINHA PRIMOGENITURA NÃO ESTÁ À VENDA! “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mt 16:26).

O temor a Deus e a sensatez, não deixa escapar das nossas mãos a herança que Deus tem para as nossas vidas. A primogenitura é nossa e, foi por Cristo conquistada na cruz, portanto, sigamos o exemplo de Daniel que não trocou a sua herança pelas iguarias e pelo vinho do rei; aprendamos como Eliseu a não aceitar as oferendas
de Naamã e procedamos como o filho pródigo arrependido que, se levantou, abandonou o “guisado de lentilhas” e tomou posse novamente da sua herança...

Não venda a sua primogenitura.
postado por pastor rogerio cesar evangelista

segunda-feira, 10 de maio de 2010

JERONIMO SAVONAROLA



II. Infância e Formação
Jerônimo Savonarola nasceu em 21 de setembrode 1452 em uma das mais importantes cidades da Itália—Ferrara, na época uma das cortes mais importantes do país, com cerca de 100.000 habitantes. Filho de Nicole e de Elena Savonarola, Jerônimo foi o terceiro dos sete filhos do casal. Alguns biógrafos o apresentam como uma criança precoce, possuída por uma inteligência superior, mas os trabalhos mais sérios contestam esta visão. "A única marca característica de sua juventude era a sua seriedade", diz Crawford.14 Aparentemente ele não era uma criança atraente, "… pois não era nem bonito nem brincalhão, mas sempre sisudo e controlado".15
Os Savonarolas possuíam profundas raízes na história italiana. Alguns dos ancestrais de Jerônimo estavam registrados nas crônicas, como personagens importantes da história local. O mais importante Savonarola, além de Jerônimo, foi seu avô Michele, conhecido por seu trabalho médico e pelo amor devotado ao neto que se tornaria famoso. A reputação médica de Michele Savonarola levou-o a uma "… cadeira na Universidade de Ferrara e à sua indicação como médico particular de Niccolo d’Este".16 Por influência de seu avô, Jerônimo foi levado à sua casa e ali estudou medicina até os dezesseis anos. Aplicando-se aos estudos, desenvolveu, em paralelo, um forte senso de devoção que o levaria, no cômputo final, à vida monástica. Roeder assim descreve esta situação:
… seu avô estava gratificado; ele previu o desenvolvimento de um médico metafísico que excederia a sua própria pessoa, mas ainda não estava satisfeito. Encorajado pelo seu sucesso, e sendo ele próprio uma pessoa de intensa devoção, procurou melhorá-lo derramando toda a sua piedade naquela jovem mente. Ali ele encontrou uma resposta ainda mais profunda.17
Após a morte de seu avô, Jerônimo foi educado por seu pai por dois anos adicionais antes de ser enviado à universidade, onde estudou cinco anos. A vida na universidade foi o seu primeiro contato com o mundo e ali ele se conscientizou dos grandes males da sociedade ao seu redor. A iniqüidade do homem, a corrução da sociedade, a grande miséria do mundo, eram todas coisas completamente adversas à sua formação. Ele deixou de ver necessidade ou de ter o desejo de dar continuidade aos estudos médicos, mas começou a ansiar por uma dedicação de sua pessoa às coisas de Deus e ao lado espiritual de sua vida. "Desgostoso com o mundo, decepcionado em suas esperanças pessoais, cansado dos constantes erros que observava e para os quais não possuía as soluções, ele decidiu temporariamente dedicar-se à vida no mosteiro…"18
Jerônimo, como médico, era a esperança do seu avô e dos seus pais. Estes não admitiam que nada viesse a desviar o jovem da brilhante carreira à frente e se decepcionaram com a decisão tomada. Esta decepção e amargura está refletida no conteúdo das cartas trocadas entre Savonarola e seu pai logo após a sua entrada na vida monástica. Isso ocorreu no festival de S. Jorge. Os seus pais estavam, com o restante da cidade de Ferrara, participando das festividades, quando Savonarola fugiu de casa indo para Bolonha.19 O seu pai escreveu depois, em profunda tristeza:
Lembro-me como no dia 24 de abril, dia de S. Jorge, em 1475, Jerônimo, meu filho, estudante das artes, saiu de seu lar dirigindo-se a Bolonha, juntando-se aos irmãos de São Dominic, com o intuito de tornar-se também um irmão. Ele deixou-me, Niccolo delle Savonarola, seu pai, palavras de consolo e exortação, para minha satisfação.20
Savonarola passou sete anos no mosteiro dominicano de Bolonha. Começou a estudar intensamente a Bíblia e as doutrinas da Igreja. Durante a sua vida no mosteiro, encontrava conforto na oração e no jejum. Logo foi comissionado a instruir os noviços.
Enquanto estudava a Bíblia, Savonarola começou a verificar, em paralelo, os males e a corrução reinantes na Igreja. Descobrindo a verdade sobre o que ocorria por trás das paredes do mosteiro, Savonarola teve o seu coração
…tomado por intenso pesar e movido por uma indignação irreprimível, ao verificar a deterioração e corrução da igreja cristã… O estado do mundo e da Igreja o preencheram com um pesar cheio de horror que só era aliviado através do estudo e da oração.21
Savonarola foi se achegando mais e mais à Bíblia ao ponto em que ela se tornou o seu guia inseparável.
Em 1481 foi enviado a Ferrara, para pregar. Ali o ditado citado por Jesus de Nazaré (Lc 4.24) foi ratificado e ".. ele parece que causou pouca impressão em sua cidade natal".22 O seu ministério em Ferrara foi interrompido por uma guerra civil. Isso fez com que se deslocasse até Florença alojando-se no mosteiro de S. Marcos. Durante os próximos anos permaneceria em Florença sem despertar atenção maior. Em 1482 ele foi o orador de uma reunião de Dominicanos. Entre os seus ouvintes estava um leigo ilustre: Giovanni Pico, conde de Mirandola (Pico della Mirandola).
O assombroso conhecimento que fez de Pico a maravilha de sua geração e uma autoridade, mesmo em sua adolescência, em praticamente qualquer assunto que viesse a tratar, deu um peso todo especial aos seus elogios. Naquela augusta assembléia, estes elogios foram derramados sobre um de seus membros mais obscuros. Naquele delegado de S. Marcos ele reconheceu aquela qualidade que lhe faltava, e aquela que ele mais invejava—convicção.23
Este foi o momento em que a carreira de Jerônimo Savonarola começou a trilhar o caminho ascendente que o colocaria em destaque junto às outras figuras

PASTOR ROGERIO CESAR MENSAGEM PROFÉTICA